9.4.11

Um erro?

Não é por querer, geralmente nós queremos acertar
Se a gente erra a gente também quer concertar
Mas se eu errei não foi por mal, então não pode me acusar

O que eu poderia fazer se uma dúvida me amarra a garganta?
Não por pra fora, engolir? Essa seria a melhor posição?
Por que uma hora devemos falar tudo e em outra devemos calar?
E como calar algo que corrói?

Eu não queria duvidar, mas se contra fatos não há argumentos como dizem
Contra palavras me restam as perguntas, ou o que poderia fazer?

Na verdade me senti traída por um pensamento seu, uma vontade sua, que você teve
Se não deu certo por algum outro motivo eu não sei, mas a vontade existiu
Ficar triste não seria natural?

6.4.11

tentativa de explicar o devaneio

a cada dia que abro os olhos
a cada manhã em que acordo
a cada segundo que se passa e o minuto passa, a hora passa
a cada momento que não volta
a cada dia que tenho a mais é um dia que tenho a menos
a cada vez que amanheço também anoiteço

palavras perdidas de alma aflita
de nada servem, pra nada servem
mas como calar, como não pensar
como manter a razão ou a emoção em um plano terreno
sem viagem, sem devaneios, sem pensar que existe antes, durante e depois

a verdade é que a razão já não existe
tudo é emoção, tudo é devaneio
tudo é perdido quando tudo é encontrado
se perde o motivo
se perde o caminho
se acaba a busca
e assim se frustra

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sem letras maiúsculas ela se sentiu mais livre para escrever como o seu querer